Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida? 
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...

 


Caminho espiritual

Chuang Tzu relata que, certa vez, um rapaz cheio de dúvidas em relação ao caminho espiritual procurou Lao Tsé.

Por favor, ajude-me - disse o jovem - vim até o senhor porque não consigo entender certas coisas. Quando não consigo fazer o bem, machuco outras pessoas. Mas, quando faço o bem, às vezes, machuco a mim mesmo. Sou negligente se não cumpro com o dever de ser bondoso. Porém, se cumpro com esse dever prejudico a mim mesmo. Como posso resolver isso?

O sábio respondeu:
Você realmente está confuso - respondeu Lao Tsé, está tentando medir o meio do mar com uma vara de dois metros.
Você deseja uma resposta?

Observe uma criança! Ela não se preocupa com relatórios sobre si mesma: é desinteressada, age com espontaneidade. Ela é parte da corrente... Não fica procurando respostas o tempo inteiro, mas, é conduzida a elas. Esse é o início da perfeição! Podemos sofrer por inúmeras razões. Até mesmo por desejarmos melhorar.
Isso soa estranho!

Como podemos sofrer por aspirarmos à perfeição e à felicidade? O desejo pode ser uma faca de dois gumes. Se queremos melhorar o nosso comportamento porque descobrimos que isso, por si só, nos torna felizes e nos dá prazer, então temos um motivo correto.

No entanto, se desejamos adquirir virtudes e cultivar qualidades por acreditarmos que, com isso, seremos reconhecidos e bem tratados pelas outras pessoas, então apenas criamos mais um problema. Ou se é bondoso porque se é, ou não se é bondoso. As recompensas que advêm da prática do bem, não devem ser esperadas. Quem é verdadeiramente virtuoso é desinteressado como uma criança. Pratica o bem sem pensar em retorno para si.

Lao Tsé diz no Tao te King:
"Quem dá valor a si mesmo, não é valorizado. Quem se julga importante, não merece importância. Quem louva a si mesmo, não é grande."


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Maktub

 
 
 
     
 

 

 

   

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