Infeliz do homem que não tem 
                 nada mais para admirar...
(A. Voniar)  

 


                                      O bolo 

Meu irmão e eu chegávamos sempre em casa com muita fome, ao regressar da escola.

Um dia, como eu pedisse de comer, minha mãe pôs-nos diante de meio bolo, na mesa da cozinha.

Colocando uma faca ao lado do bolo, disse:
- Um de vocês vai cortar o bolo, mas o outro vai poder escolher, em primeiro lugar, o seu pedaço.

Meu irmão, querendo fazer-se de esperto, deitou logo mão da faca 
e ia, evidentemente, cortar o bolo em dois pedaços desiguais.

Mas, de repente, parou. Olhando primeiramente para nossa mãe e, depois, para mim, cortou o bolo exatamente no meio.

E esperou que eu me servisse. Qualquer pedaço que eu escolhesse 
daria no mesmo: nenhum de nós sairia prejudicado.

E comemos, alegremente, as porções idênticas.

Desde então, fosse o que fosse que houvesse a repartir
 - pão com manteiga, doces, pastéis, bolos ou balas
 - tudo era sempre dividido em partes iguais.

Isso nos ensinou um respeito, que nunca conheceu arrefecimento, 
para com os direitos daqueles com quem tínhamos que 
compartilhar alguma coisa.

Bom dia!!!

Wallace Leal V. Rodrigues em 
"E, para o resto da Vida..."
2260

 

     Receba mensagens em seu e-mail.  Um amigo em algum lugar... 
    vai lembrar de você em um momento muito especial.  
 
Faça o cadastro gratuito 
click aqui 


 Copyright© 1996/2004  Rivalcir  Liberato. Todos os direitos reservados.