Nesses primeiros anos de nosso filho excepcional, o terceiro filho e o primeiro filho homem, lutávamos unicamente para vê-lo curado, tínhamos absoluta certeza de sua cura, claro que Deus não deixaria o nosso querido filho sem assistência.E dia após dia foi caindo na realidade quando percebi  que nenhum especialista soube-nos revelar algo de concreto, de sua enfermidade.

           
A minha primeira reação foi de desânimo, depressão e abandono 
total a mim mesma. Nesta época, meu filho já estava com 11 anos, e durante uns dois anos o meu desinteresse foi total, eu já não vivia mais, apenas vegetava.
  
Assim, num belo dia, sem que eu percebesse de imediato a 
verdade foi surgindo mansamente, assim como a essência penetra suavemente num ambiente, assim a luz da verdade foi atingindo minha  mente revoltada, e um imenso e divino amor foi penetrando no meu  coração dilacerado. -Que sensação maravilhosa!
-Que luz intensa, clara e poderosa havia me atingindo?...
Então eu consegui compreender as coisas.  

Eu, como todas vocês mães de excepcionais, havia sido escolhidas 
por nosso Divino Criador para sermos missionárias, ele deu-nos uma  tarefa de aceitação, de amor e de comunicação divina. Deus doou seu filho muito amado à humanidade para que transmitisse  humildade, amor e perdão a todos os seus irmãos.  

Momentaneamente ele foi mal interpretado, chamava-no de louco, de agitador. Assim como ele foi veículo de transmissão de amor com Deus e os homens, assim também os nossos queridos filhos excepcionais servem tão somente de corrente de aproximação, de compreensão de aceitação e de amor e orgulho.

Jamais se mencionem castigadas, mas sim receptoras do mais divino prêmio que Deus nos ofertou.  Somos as escolhidas mui queridas pelo Criador.

Saibamos ser dignas desse prêmio.
Hoje, como mãe de um excepcional, sinto-me a mais feliz, 
alegre e realizada das criaturas.  

Bom dia!!! 

SILDA THEREZA