O luar na janela... 
									
									
									Se o luar entrar pela janela do seu 
									quarto... e te encontrar ainda acordada , 
									com seus pensamentos embaralhados, o olhar 
									perdido, vazio, fixo em algum ponto como a 
									procurar respostas na escuridão da noite sem 
									encontrar pois estas respostas estão dentro 
									de você e só você pode dizer "sim" a 
									felicidade.
									
									Se o luar entrar pela janela do seu 
									quarto... 
									e encontrar seu corpo despido, molhado pelo 
									suor do desejo, da espera do telefonema que 
									você não deu e a lua sedutora brincar de 
									clarear sua pele, brincar de percorrer seu 
									corpo, cada centímetro lentamente, deixe que 
									seu coração fale mais alto e pense em mim, 
									no que poderia estar acontecendo, do carinho 
									que poderíamos estar trocando, sem limites, 
									por inteiro, nós dois, só nós. 
									
									O beijo molhado, as pernas entrelaçadas, as 
									fantasias realizadas, os sonhos, realidade 
									porém o seu medo da entrega afasta o meu 
									corpo do ser, o seu medo de amar e ser 
									amado, as suas mágoas, as suas feridas, as 
									dores que você teima em cultivar dia após 
									dia, o impedem de ver o tempo que passa, de 
									ser feliz porque um dia for infeliz e se 
									considere amaldiçoado pelos deuses a não ser 
									feliz, a não ter direito de sonhar. 
									
									Não sei de quem tenho mais pena de mim ou de 
									você, eu por amá-lo tanto, por desejá-lo 
									tanto ou de você que covarde se refugia em 
									mil encargos profissionais para anular-se 
									como gente, como ser humano, como homem, 
									aliás como homem apenas sacia o desejo 
									quando o corpo exige em qualquer corpo, em 
									qualquer abraço não importando o amanhã, o 
									depois, para você é apenas sexo, aqui, 
									agora, sentimentos, emoções não contam.
									
									Ah! Se você soubesse como é bom fazer amor 
									com quem se ama, tirar a armadura, 
									desafivelar a máscara, entregar-se e receber 
									em dobro tudo aquilo que almejou.  
									Ah! Se você soubesse como é bom ter o corpo 
									acariciado numa muda descoberta a dois, num 
									segredo cúmplice sem hora, sem lugar, sem 
									medo. 
									
									Portanto, se de repente o luar invadir a 
									janela do seu quarto e se esgueirar para o 
									seu lençol numa muda carícia, pense em mim, 
									pois a lua nada mais é que a minha 
									mensageira tentando despertá-lo para a vida.
									
									
									Se o amor acabou, se a solidão tem sido sua 
									companheira, abra a janela deixe o luar 
									entrar pois com ele vem junto a esperança de 
									um novo amor, de ser feliz outra vez, basta 
									acreditar que a luz da lua amanhã vai fazer 
									o sol brilhar!
									
									Bom dia!!!
								
								
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