O poder da doçura   
															
															
															
															
															
															O viajante caminhava 
															pela estrada, quando 
															observou o pequeno 
															rio que começava
															
															
															
															
															
															tímido 
															
															
															por entre as pedras. 
															Foi seguindo-o por 
															muito tempo. Aos 
															poucos ele foi 
															tomando volume e se 
															tornando um rio 
															maior.
															
															O viajante continuou 
															a segui-lo. Bem mais 
															adiante o que era um 
															pequeno rio se 
															dividiu em dezenas 
															de cachoeiras, num 
															espetáculo de águas 
															cantantes. A música 
															das águas atraiu 
															mais o viajante que 
															se aproximou e foi 
															descendo pelas 
															pedras, ao lado de 
															uma das cachoeiras.
															
															
															
															Descobriu,
															
															
															finalmente, uma 
															gruta. A natureza 
															criara com paciência 
															caprichosa, formas 
															na gruta. Ele a foi 
															adentrando, 
															admirando sempre 
															mais as pedras 
															gastas pelo tempo.
															
															De repente, 
															descobriu uma placa. 
															Alguém estivera ali 
															antes dele.  
															Com a lanterna, 
															iluminou os versos 
															que nela estavam 
															escritos.  Eram 
															versos do grande 
															escritor Tagore, 
															prêmio Nobel de 
															literatura de 1913: 
															"Não foi o martelo 
															que deixou perfeitas 
															estas pedras, mas a 
															água, com sua 
															doçura, sua dança, e 
															sua canção. Onde a 
															dureza só faz 
															destruir, a 
															
															
															
															
															suavidade 
															
															
															consegue esculpir."
															
															Assim também 
															acontece na vida. 
															Existem pessoas que 
															explodem por coisa 
															nenhuma e que 
															desejam tudo arrumar 
															aos gritos e 
															pancadas. E existem 
															as pessoas suaves, 
															que sabem dosar a 
															energia e tudo
															
															
															conseguem.  
															São as criaturas que 
															não falam muito, mas 
															agem bastante. 
															
															Enquanto muitos 
															ainda se encontram à 
															mesa das discussões 
															para a tomada de 
															decisões, elas já se 
															encontram a postos, 
															agindo. E conseguem
															
															
															
															
															
															modificar 
															muitas coisas. 
                  
															Bom dia!