Expressão 
																		verbal 
																		das 
																		emoções
																		
																		Diferentemente 
																		dos 
																		animais, 
																		nós 
																		dispomos 
																		de uma 
																		forma de 
																		expressar 
																		o que 
																		vai na  
																		nossa 
																		alma: as 
																		palavras. 
																		É óbvio 
																		que, 
																		sendo a 
																		emoção 
																		um 
																		fenômeno 
																		com 
																		importante  
																		componente 
																		corporal, 
																		as 
																		palavras 
																		por si 
																		só não
																		
																		
																		
																		
																		
																		bastam 
																		para 
																		comunicá-las. 
																		Mas  
																		certamente 
																		são 
																		auxiliares 
																		valiosos.
																		
																		
																		Mas, 
																		infelizmente, 
																		somos 
																		condicionados, 
																		desde 
																		cedo, a 
																		não 
																		falar 
																		sobre o 
																		que 
																		sentimos,  
																		principalmente 
																		se esse 
																		sentimento 
																		for 
																		percebido 
																		como 
																		algo que 
																		nos 
																		inferioriza. 
																		Tudo 
																		pode 
																		estar 
																		minado 
																		por 
																		dentro, 
																		mas 
																		deve-se 
																		fazer 
																		todo o 
																		esforço 
																		do mundo 
																		para se  
																		exibir 
																		uma
																		
																		
																		
																		
																		
																		fachada 
																		de 
																		normalidade.
																		
																		
																		Confessar 
																		medos e 
																		fraquezas 
																		é visto 
																		como 
																		perigoso 
																		para o 
																		prestígio 
																		pessoal 
																		e pode  
																		parecer 
																		um sinal 
																		de 
																		insegurança. 
																		Paradoxalmente, 
																		são 
																		justamente 
																		as 
																		pessoas 
																		mais  
																		seguras 
																		e 
																		confiantes 
																		que têm 
																		menor 
																		receio 
																		de 
																		confessar 
																		seus 
																		temores 
																		e 
																		falhas. 
																		Uma  das 
																		mais 
																		antigas 
																		descobertas 
																		da 
																		humanidade 
																		indica 
																		que o 
																		ato de
																		
																		
																		
																		
																		
																		confessar 
																		o que  
																		sentimos 
																		é bom 
																		para o 
																		corpo e 
																		para a 
																		alma.
																		
																		
																		A 
																		tristeza 
																		compartilhada 
																		e a dor 
																		revelada 
																		diminuem 
																		as 
																		tensões 
																		geradas 
																		pela 
																		angústia 
																		e  pelas 
																		perdas. 
																		Mas a 
																		importância 
																		e o 
																		benefício 
																		de falar 
																		sobre os 
																		sentimentos 
																		não se  
																		restringe 
																		apenas à 
																		dor. É 
																		necessário 
																		também 
																		externar 
																		e 
																		compartilhar 
																		as 
																		coisas 
																		boas.
																		
																		Enfim, a 
																		questão 
																		é que a 
																		repressão 
																		das 
																		emoções 
																		– e de 
																		sua 
																		expressão 
																		verbal – 
																		não  
																		pode ser 
																		seletiva; 
																		deve-se 
																		“pôr 
																		para 
																		fora” 
																		todos os 
																		sentimentos; 
																		falar o 
																		que 
																		realmente  
																		se 
																		sente, 
																		reagir, 
																		sentir e 
																		externar
																		
																		
																		
																		
																		
																		afeto
																		
																		
																		
																		
																		 ou 
																		mágoa. 
																		Se a 
																		emoção 
																		não se 
																		libera,  
																		agarra-se 
																		aos 
																		órgãos, 
																		perturbando 
																		seu 
																		funcionamento.
																		
																		
																		O 
																		desgosto 
																		que se 
																		pode 
																		exprimir 
																		por 
																		gemidos 
																		e 
																		lágrimas 
																		é 
																		rapidamente 
																		esquecido; 
																		já o  
																		sofrimento
																		
																		
																		
																		
																		
																		mudo 
																		remói 
																		incessantemente 
																		o 
																		coração 
																		e 
																		termina 
																		por 
																		abatê-lo.
																		
																		
																		Dr. 
																		Marco 
																		Aurélio 
																		Dias da 
																		Silva, 
																		no livro
																		
																		"Quem 
																		ama não 
																		adoece"