- É como me sinto. Como aquela árvore ali no quintal. Disse o
            velho homem quando entrei no lugar.
            
            Eu não o pude ver a princípio. Era um lindo dia ensolarado, mas
            seu lugar era escuro. Tentei me ajustar à mudança rapidamente.
            Finalmente, depois de esquadrinhar o pequeno lugar eu vi sua
            silhueta.
            - Escondendo-se de alguém? Perguntei.
            - Do mundo! Ele respondeu.
            
            - Eu nunca fui capaz de fazer isto, embora tenha tentado. Eu
            finalmente compreendi que eu não posso me esconder do mundo se sou
            uma parte dele. Então, depois de lutar com a idéia, eu decidi que
            se sou uma parte dele, então eu também sou responsável por ele.
            Minha meta desde então é deixar atrás de mim uma impressão
            positiva. Não a de um homem que se escondia. Eu disse.
            - Bem... Certo... É uma forma de ver as coisas. Ele disse.
            
            - Agora, fale-me sobre a árvore que você vê.
            - Pois é, está toda curvada. O peso da neve a fez curvar-se até
            quase tocar o chão. Ele disse.
            
            - E isso não é lindo? Quando vinha para cá vi centenas de árvores
            como esta. O sol brilhava sobre cada um dos ramos. Eu disse.
            - Estas árvores estão curvadas por causa do peso. Vejo isto como
            tristeza. Ele disse.
            
            - Mas as fortes sempre se erguem novamente. Aquela neve, assim como
            as preocupações que nós, seres humanos, carregamos conosco, se
            acumulam lentamente até que a árvore não pode mais ficar ereta.
            As fortes dobram-se com o peso, mas nunca caem. E a diferença entre
            você e aquela árvore é que você tem uma escolha. Pode ficar
            parado e segurar todas as suas preocupações e problemas até que
            você caia ao chão ou você pode se sacudir e movimentar-se. Eu lhe
            falei.
            - Hmmmmm.
            
            - Mas como aquela árvore, nós dependemos da luz. O calor do sol a
            ajuda a crescer. O mesmo sol fará desaparecer aquilo que a ameaça.
            Deus é minha luz. Dependo Dele para crescer. Quando carrego uma
            preocupação e meus dias ficam escuros e frios, viro-me em direção
            à Luz e desaparecem meus temores.
            
            Repentinamente, o velho senhor levantou-se e disse,
            - Como está brilhando lá fora!
            
            E você, como está passando pela vida? Arrastando-se entre velhas
            memórias, desafios, preocupações e dores? Chegou a um ponto em
            que você se sente tão curvado que não mais consegue levantar-se?
            
            As árvores não têm escolha. Que desculpa você tem vendido a si
            mesmo que o permitiu chegar, neste momento da sua vida, à um jeito
            que você não pode mais mover-se?
            
            A luz de Deus brilha na escuridão e começa por dentro. E tudo começa
            quando você se solta e O deixa tomar o controle.
            
            Acabe com a escuridão... Bem-vindo à Luz!