A verdade é que não há verdade. (Pablo Neruda)

 


Eu acredito em Deus

Mas não sei se o Deus em que eu acredito é o mesmo Deus em que acredita o balconista, a professora, ou o porteiro. O Deus em que acredito não foi globalizado. O Deus com quem converso não é uma pessoa, não é pai de ninguém.

É uma idéia, uma energia, uma eminência.
Não tem rosto, portanto não tem barba.
Não caminha, portanto não carrega um cajado.
Não está cansado, portanto não tem trono.

O Deus que me acompanha não é bíblico. Jamais se deixaria resumir por dez mandamentos, algumas parábolas e um pensamento que não se renova.

O meu Deus é tão superior quanto o Deus dos outros, mas sua superioridade está na compreensão das diferenças, na aceitação das fraquezas e no estímulo à felicidade.

O Deus em que acredito me ensina a guerrear conforme as armas que tenho e detecta em mim a honestidade dos atos. Não distribui culpas a granel: As minhas são umas, as do vizinho são outras, e nossa penitência é a reflexão.

Ave Maria, Pai Nosso, isso qualquer um decora sem saber o que está dizendo. Para o Deus em que acredito só vale o que se está sentindo. O Deus em que acredito não condena o prazer.

Se Ele não tem controle sobre enchentes, guerrilhas e violência, se não tem controle sobre traficantes, corruptos e vigaristas, se não tem controle sobre a miséria, o câncer e as mágoas, então que Deus seria Ele se ainda por cima condenasse o que nos resta: O lúdico, o sensorial, a libido que nasce com toda criança e se desenvolve livre, se assim o permitirem?

O Deus em que acredito não é tão bonzinho, me castiga e me deixa uns tempos sozinho. Não me abandona, mas me exige mais do que uma visita à igreja, uma flexão de joelhos e uma doação aos pobres;
Cobra caro pelos meus erros e não aceita promessas performáticas, como carregar uma cruz gigante nos ombros.

A cruz pesa onde tem que pesar: dentro.
É onde tudo acontece e tudo se resolve.

Este é o Deus que me acompanha. Um Deus simples. Deus que é Deus não precisa ser difícil e distante, sabe tudo e vê tudo. Meu Deus é discreto e otimista.

Não se esconde, ao contrário, aparece principalmente nas horas boas para incentivar, para me fazer sentir o quanto vale um pequeno momento grandioso: um abraço num amigo, uma música na hora certa, um silêncio.

É onipresente, mas não onipotente.

Meu Deus é humilde.
Não posso imaginar um Deus repressor e um Deus que não sorri.

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