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Expressão verbal
das emoções
Diferentemente dos animais,
nós dispomos de uma forma de
expressar o que vai na
nossa alma: as palavras. É
óbvio que, sendo a emoção um
fenômeno com importante
componente corporal, as
palavras por si só não
bastam para comunicá-las.
Mas
certamente são auxiliares
valiosos.
Mas, infelizmente, somos
condicionados, desde cedo, a
não falar sobre o que
sentimos,
principalmente se esse
sentimento for percebido
como algo que nos
inferioriza. Tudo
pode estar minado por
dentro, mas deve-se fazer
todo o esforço do mundo para
se
exibir uma
fachada de
normalidade.
Confessar medos e fraquezas
é visto como perigoso para o
prestígio pessoal e pode
parecer um sinal de
insegurança. Paradoxalmente,
são justamente as pessoas
mais
seguras e confiantes que têm
menor receio de confessar
seus temores e falhas. Uma
das mais antigas descobertas
da humanidade indica que o
ato de
confessar o que
sentimos é bom para o corpo
e para a alma.
A tristeza compartilhada e a
dor revelada diminuem as
tensões geradas pela
angústia e
pelas perdas. Mas a
importância e o benefício de
falar sobre os sentimentos
não se
restringe apenas à dor. É
necessário também externar e
compartilhar as coisas boas.
Enfim, a questão é que a
repressão das emoções – e de
sua expressão verbal – não
pode ser seletiva; deve-se
“pôr para fora” todos os
sentimentos; falar o que
realmente
se sente, reagir, sentir e
externar
afeto
ou mágoa. Se
a emoção não se libera,
agarra-se aos órgãos,
perturbando seu
funcionamento.
O desgosto que se pode
exprimir por gemidos e
lágrimas é rapidamente
esquecido; já o
sofrimento
mudo remói
incessantemente o coração e
termina por abatê-lo.
Dr. Marco Aurélio Dias da
Silva, no livro
"Quem ama
não adoece"
www.rivalcir.com.br
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