Um jovem viajante explorava terras francesas quando encontrou
uma vasta área de terra estéril. Era desoladora. Sombria.
Era feia. Era o tipo de lugar de onde você se apressaria em
fugir.
Então, repentinamente, o jovem viajante percebeu um velho
senhor, curvado no meio daquele vasto deserto. Nas costas o
homem levava um saco cheio de sementes. Na mão ele tinha um
comprido cano de ferro.
O homem usava o cano de ferro para furar buracos no chão.
Então ele retirava uma semente do saco e a colocava no
buraco.
Curioso, o jovem perguntou,
- O que o senhor está fazendo em terra tão desoladora?
- Meu jovem, planto sementes de carvalho. Já plantei mais de
100.000 sementes. Talvez apenas um décimo delas crescerá.
O velho homem ainda explicou que sua esposa e único filho
tinham morrido e esta era a forma que escolhera para passar
seus anos finais.
- Quero fazer algo útil. Ele disse.
O jovem, duvidando da "utilidade" daquele trabalho
todo, se despediu e partiu.
Vinte e cinco anos mais tarde, o agora não tão jovem
viajante retornou à mesma área desolada. O que viu o
surpreendeu. Ele não podia acreditar nos próprios olhos. A
terra estava coberta por uma bela floresta. Pássaros
cantavam, animais pulavam e flores selvagens perfumavam o ar.
O viajante ficou um bom tempo por ali, sentado e lembrando a
desolação que uma vez existiu onde agora havia uma bela
floresta de carvalho - Só porque alguém se importou em fazer
algo de útil.