- Dona Maria, como vai a senhora? Sempre preocupada com os outros,
não é?
- Sim, meu filho, sendo todos irmãos, temos obrigação uns para
com os outros. Gostaria de ter mais tempo para ajuda-los, mas ,
como sabe, tenho esposo, filhos e netos. Mesmo assim, sempre
encontro algumas horas para dedicar ao meu próximo.
- Irmã, nada tenho com a sua vida. Admiro-a muito, mas penso que
deveria ter uma religião. É muito bom a gente ter fé, a senhora
não acha?
- Oh! Como acho! Ninguém vive sem ela! A fé é o sopro de vida
que, através do trabalho ao próximo, mantém acesa a chama do
amor em cada filho de Deus. Os que não a possuem vivem amargos e
sozinhos e, sendo assim, não vêem os que ao seu lado caminham,
muitas vezes lhe estendendo as mãos.
- Mas não a vejo louvar a Deus, nunca a vi dirigindo-se a um
templo, de qualquer religião que seja!...
- O irmão tem razão, não pode me ver mesmo indo a qualquer
templo. O templo que procuro freqüentar é o templo de Deus e
este é tão humilde que poucos o enxergam.
Bom dia!!!