"Só quem entende a beleza do perdão,
pode julgar seus semelhantes."
( Sócrates )

 


 


                                  Precipitação

A precipitação é responsável por muitos males que afligem o homem.
Um comportamento ansioso leva a estados de perturbação, gerador de  sofrimentos perfeitamente evitáveis.
Sob o jugo da ansiedade, com freqüência tomam-se atitudes incorretas.

A edificação interior, com a conquista da paz, exige um controle atento  sobre as próprias ações e reações.
O exercício da calma, por isso mesmo, é indispensável para um viver
harmônico em face das perplexidades da vida moderna.

A calma ensina a esperar pelos resultados de qualquer realização, os quais  não podem mesmo ser antecipados.
O ritmo do tempo é inalterável.

Os acontecimentos sucedem naturalmente dentro de espaços que não podem ser  modificados.
Agindo de forma precipitada, o homem ouve e vê mediante óptica deformada,  que mais o perturba.

Com o raciocínio turbado pela pressa, muitas vezes precipita-se em
despenhadeiros de infortúnio.
Se há tempo de semear, por certo também chegará a hora da colheita.
É inútil pretender apressar o ciclo da natureza, para  o momento da
colheita chegar mais rápido.

No campo moral, o mecanismo é equivalente.
Cada ocorrência na vida tem o seu momento próprio.
Deus nada espera de você além das suas possibilidades.

Assim, também não é lícito a você aguardar de seus semelhantes
comportamentos e respostas que eles ainda não lhe podem dar.
Não se frustre por isso, mas compreenda que tudo se encontra sob o prudente  comando da divindade.

Reúna as suas forças morais na disciplina e no equilíbrio, sem a ânsia de precipitar sucessos que devem seguir seu curso normal.
Jesus afirmou que somente caem folhas das árvores de acordo com a vontade de Deus.

Conscientize-se de que jamais acontecerá nada em sua vida que você não  necessite ou mereça.
Se o seu passado espiritual não registrou certos sofrimentos, de acordo com sua programação evolutiva, não há a menor possibilidade disso ocorrer.

Assim, confiante na direção divina sobre sua vida, não sofra por
antecipação, propiciando estados de ansiedade e amargura perfeitamente evitáveis.

Contudo, quando o sofrimento desabar sobre você, enfrente-o com nobreza, entendendo que ele corresponde a sua tarefa do momento.
 Saiba que essa circunstância de dor inevitável é necessária como forma de crescimento para a vida.

Ela o auxilia em sua recuperação pessoal, dentro de um prisma mais elevado, na contabilidade dos valores espirituais.
Tenha paciência e não se precipite nunca.

O agir estouvado é indicativo de imaturidade psicológica e espiritual.
Quem confia, verdadeiramente em Deus, vive com serenidade, fazendo o bem  possível sem pretender um controle inviável sobre a dinâmica da vida.

Decisões irrefletidas tendem a provocar arrependimentos. Mas isso não acontece quando os atos que são fruto da reflexão e da calma.
Pode lhe parecer impossível suportar em paz os problemas que o angustiam.

Nesse caso, recorra à oração.
Deixe-se acalmar pela beleza do intercâmbio entre você, que roga, e a
divindade, que responde.

Asserene-se e poupe-se à precipitação, ao contato dos eflúvios do alto.

Sinta-se integrado na dinâmica da vida, guiado e amparado por um pode amoroso e sábio, e desfrute a paz que esse estado de consciência lhe proporciona.

Equipe de Redação do Momento Espírita.


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